sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Treguá até quando?

Foi divulgado hoje que os presidentes da Federação Alagoana de Futebol e do CSA, respectivamente, Gustavo Feijó e Jorge VI selaram a paz em nome do futebol de Alagoas. Acredito que o ato é importante, que nenhum dos dois ganharia com a guerra declarada e que o entendimento significa algo positivo para o futebol de Alagoas. A pergunta que deve ser feita é a seguinte: após tudo que foi dito de parte á parte, o entendimento irá durar até quando? Se um dos lados declarou a verdade na troca de farpas porque o outro cedeu a tudo que estava sendo feito pelo outro?





Não custa nada relembrar algumas situações que entendo serem extremamente graves ditas pelos dois. Vamos aos fatos





1..Em entrevista forte, Jorge VI afirmou que Gustavo Feijó ameaçou (por telefone) prejudicar o CSA fazendo chocar datas entre o Alagoano da 2ª Divisão e o Campeonato Brasileiro, insinuando que o CSA não sairia da 2ª Divisão. Percebem a gravidade desta fala? Se Gustavo realmente falou isso, porque o presidente do CSA, agora baixa a guarda nesta situação? E se Jorge VI mentiu ao falar isso, porque a intenção de jogar Feijó contra a torcida do CSA desta forma?





2.Ainda em sua fala, Jorge VI declarou textualmente que Feijó havia reclamado da forma aberta como o CSA confeccionava os borderôs e que está situação prejudicaria os outros dois clubes – CRB e ASA – pois a diferença entre os borderôs era clara. Jorge VI deixou nas entrelinhas que os borderôs dos dois outros clubes não correspondiam a realidade. Se isso é verdade porque existe uma maquiagem desta situação? Se Jorge falou a verdade é preciso haver uma investigação urgente nesta situação em nome da transparência. Se Jorge VI mentiu que mente doentia poderia expor a FAF a estar cometendo uma irregularidade desta monta?





3. Feijó declarou que Jorge VI precisava ser homem para assumir o que ele havia dito por telefone. Desqualificou a informação de que estaria contra o CSA em função da FAF não estar comando o processo de confecção dos ingressos. Feijó disse de forma clara que quando Jorge VI informou que iria confeccionar os ingressos, Feijó teria incentivado a situação dizendo que “se fosse bom para o CSA, seria bom para o futebol de Alagoas”. Também afirmou que quando o CSA precisou pagar anuidades e mais algumas taxas da FAF, a própria FAF cobriu despesas do clube. Porque a FAF passa a mão no clube em um momento que é de responsabilidade do próprio CSA? Porque o CSA sempre afirmou que tinha tudo correto com a FAF e que não precisa da entidade para nada, quando desde o início contou com a ajuda da entidade?







4. Jorge VI chegou a insinuar que Gustavo Feijó não tentasse prejudicar o CSA porque do contrário iria denunciar a FAF e que sobraria algemas para muita gente. O que de tão grave teria cometido a FAF para que alguns integrantes merecessem algemas? Se Jorge VI sabe de algo tão grave porque não revelou e não faz a denúncia? Se calou e realmente existe algo sério, o presidente do CSA está no mínimo, sendo conivente com um situação de tanta gravidade.





5. Porque com o CSA administrando seus jogos, o borderô chegou a ser publicado com renda e público no intervalo de duas partidas e com administração da FAF, independente do tamanho do jogo, a renda e público nunca eram divulgados? A situação afrontava um dos itens do Estatudo do Torcedor e que nunca foi cumprido no futebol de Alagoas.





Estas e outras questões que se ouve nos corredores – e que são impublicavéis por não termos provas – são situações apenas jogadas ao vento? Diante de tudo que foi dito, quem mentiu na situação? Quem estava sendo prejudicado ou estava sendo jogado a opinião pública por nada?





Acho que os dois lados foram extremamente irresponsáveis em dar declarações tão fortes, apontar situações graves no “adversário” e depois simplesmente fingir que tudo não passou de declarações dadas no calor de um desentendimento. Nosso futebol até mostra algum desenvolvimento dentro de campo, com resultados, mas fora dele, as brigas pessoais continuam expondo a honestidade das pessoas e a seriedade de instituições em que teríamos a obrigação de acreditar, seja porque ela é administradora do futebol ou seja porque é um dos mais importantes clubes do Estado. É apenas de se lamentar.

Um comentário:

  1. É realmente complicado, viu, amigo Alberto?
    Aí fica difícil!!! rsrsrsrss
    Mas vms aguardar.

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