quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A esperança perdeu para o medo

Em seu primeiro mandato como presidente da República, Lula construiu uma frase maravilhosa. “A esperança venceu o medo”.Esta frase invertida pode tranqüilamente ser construída para a situação do jogador Ciel. Jogador de um talento excepcional possui uma doença ligada ao álcool que o faz desperdiçar este talento. Pelo futebol que joga, Ciel não é para estar em Alagoas. Seus vôos seriam muito maiores. No entanto apenas aqui ainda encontra “mercado” para mostrar seu futebol. Algoas serviu como uma espécie de terapia, mas a primeira parte desta batalha foi perdida. A situação do jogador é digna de pena e ele precisa de ajuda. Não é hora de jogar pedra, é hora de estender a mão e tentar – mesmo que sem aquela convicção de que vai surtir algum efeito – ajudar. Ciel já perdeu espaço no futebol, jogou fora oportunidades, mas ainda pode lutar por coisas mais importantes. Sua dignidade como pessoa, sua família, que ele sempre faz questão de dizer que ama. Por isso é hora de lutar Ciel. Por isso você precisa tentar repetir a frase do presidente Lula.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

José Serafim pensa em pedir a Kenedy Calheiros antecipação das eleições

Em meio a tantas indefinições que cercam o dia-a-dia do CRB, o presidente executivo do clube, José Serafim já tomou uma decisão. Ao encerrar seu mandato, Serafim deixa o comando executivo do clube. Portanto, não será candidato a reeleição. Conversei com o próprio presidente sobre este assunto e Serafim revelou uma preocupação. Se tudo correr conforme estabelecido em estatuto, o novo presidente terá problemas para planejar o CRB de 2011. Em função disto, Serafim estuda a possibilidade de solicitar ao presidente do conselho deliberativo do clube, Kenedy Calheiros, a antecipação do processo eleitoral para que o novo presidente possa formar a sua diretoria, contratar técnico e jogadores visando a próxima temporada. A visão do atual presidente executivo além de coerente é mais uma prova de que ele pensa no planejamento e no futuro do clube.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Novidade e mudança

As finais dos campeonatos de base da Federação Alagoana de Futebol trazer novidades e mudanças para o cenário dos times envolvidos na decisão. As novidades vem do interior do Estado. Após um longo período, times do interior do Estado exibem um trabalho que pode ser considerado positivo, não só pelo resultado (chegar a uma decisão) mas por aproveitar talentos da região, com pessoas capacitadas e que entendem de futebol. A chegada de ASA(Sub15) e do Coruripe(Sub18) é importante e salutar para que outros times sigam a mesma linha. A decisão traz uma mudança na linha de pensamento do Corinthians. Após ter chegado no ano passado em todas as decisões e ter perdido as três finais disputadas, o Corinthians pôs de lado o trabalho de revelar e investiu todas as suas armas em ganhar a competição. Tanto é assim que até o atacante Afonso, que estava no ASA na Série B e chegou a ser cogitado no CSA, está jogando pelo Sub18, uma clara prova que o Corinthians colocou de lado a intenção de projetar novos talentos e sim aproveitar a força para chegar ao titulo. Além de Afonso outros jogadores com passagem pelo profissional também integram o time. Por trás disto está o interesse renovado do Corinthians em retornar a Copa São Paulo, que até ano passado era renegada como uma competição apenas comercial e de alto risco de perda de jogadores para clubes mais expressivos. João Feijó mudou a linha e quer voltar a competição mais comercial do país na categoria.

O esporte descartável

O esporte continua sendo algo “descartável” para o Governo de Alagoas. Ao longo dos quatro anos de mandato, o governador Teotônio Vilela trocou quatro nomes e dificultou a seqüência de uma política pública. Não há como negar que cada um que passou pelo cargo tem seu ritmo e sua forma de trabalhar e que há cada mudança, uma nova filosofia é implementada. Primeiro foi Roberto Mendes, depois Jorge VI, recentemente Luis Ribas e agora Genilson Sarmento. Nada em comum entre os quatro, até mesmo as indicações políticas partiram de deputados diferentes e situações de interesse político completamente distintas. Também vale ressaltar que neste período, Fátima Pinto, desportista de referência no cenário esportivo, também foi “queimada” e deixou o comando do desporto escolar. Continuo achando que o esporte não possui articulação política para evitar as freqüentes mudanças que sempre ocorreram. É bom lembrar que no Governo de Ronaldo Lessa a rotatividade também foi grande e por lá passaram Eduardo Canuto, Dário Magalhães, Marlon Araújo e Paulo Corintho. Sem avaliar o trabalho de cada um, até porque não é esta a intenção, a falta de continuidade e as frequentes mudanças mostram que o segmento esportivo pouco é respeitado pelos governantes que insistem em usar o esporte como uma mercadoria de acomodação política. Ao desportista Genilson Sarmento uma boa sorte e iluminação para encerrar o mandato do Governador Teotônio Vilela e do secretário Rogério Teófilo. Ao segmento a lamentação de mais uma vez sequer ter sido ouvido e continuar como um “gigante adormecido” que não sabe a força que possui.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CSA brilhante, ASA inconstante, CRB preocupante

O futebol de Alagoas está disputando três frentes diferentes em competições nacionais.O CSA está brilhante na Série D com a melhor campanha entre os 40 times participantes da competição e sendo o único com 100% de aproveitamento na competição. O desempenho do CRB preocupa na Série C. Com quatro pontos e na penúltima colocação, o time começa a dar sinais de que não brigará por classificação. Já o ASA na Série B apresenta uma inconstância que incomoda e mescla vitórias e derrotas que não lhe dão oportunidade de avançar na classificação.





CSA



Não dá para negar: O CSA vive um momento muito bom na Série D. Não importa o adversário, não importa o local e também não importa se o jogo é com um time completo ou com uma equipe desfalcada, o CSA tem atropelado todo mundo. O time tem resgatado o sentimento de orgulho de ser azulino. No entanto, a maneira em que é disputada a competição é traiçoeira. Toda esta campanha pode cair por terra em uma apresentação infeliz ou em um instante desastroso no mata-mata. Mas independente disto, é hora do torcedor do CSA curtir o momento.





CRB





Até que o ambiente parece ter melhorado na Pajuçara. Mas o reflexo de tudo que o clube já passou desde o encerramento do Alagoano deve estar castigando os regatianos. O time não consegue encaixar uma seqüência de resultados que lhe dêem a esperança de brigar por classificação. No momento, o CRB está mais para lutar contra o rebaixamento do que brigar pelo sonho da Série B. Na próxima rodada pegará um motivado e qualificado, Campinense , fato que dificultará ainda mais as ações do CRB. É torcer para que o cenário muda e que o time possa voltar a dar esperança ao torcedor para lutar pela classificação.





ASA





A palavra inconstante tem sido a marca do ASA na sua primeira participação na Série B. O alvinegro não consegue dar seguimento a resultados positivos. Sempre vence um jogo e depois sofre uma derrota. A falta de uma seqüência de resultados positivos atrapalha um melhor posicionamento na tabela de classificação. Para dar um salto de qualidade, o ASA precisa fazer uma graça. Vencer o Vila Nova em Goiânia será fundamental. Primeiro porque o adversário briga contra o rebaixamento e tem a pior campanha da competição e segundo porque outros times já fizeram isso e vão fazer este diferencial em derrotar o Vila Nova. Apesar disto não custa lembrar: o ASA é o nosso melhor produto, disputa a competição mais difícil e com melhores times que os dois da capital. É sem dúvida nenhuma o time que no momento projeta mais o futebol de Alagoas.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Treguá até quando?

Foi divulgado hoje que os presidentes da Federação Alagoana de Futebol e do CSA, respectivamente, Gustavo Feijó e Jorge VI selaram a paz em nome do futebol de Alagoas. Acredito que o ato é importante, que nenhum dos dois ganharia com a guerra declarada e que o entendimento significa algo positivo para o futebol de Alagoas. A pergunta que deve ser feita é a seguinte: após tudo que foi dito de parte á parte, o entendimento irá durar até quando? Se um dos lados declarou a verdade na troca de farpas porque o outro cedeu a tudo que estava sendo feito pelo outro?





Não custa nada relembrar algumas situações que entendo serem extremamente graves ditas pelos dois. Vamos aos fatos





1..Em entrevista forte, Jorge VI afirmou que Gustavo Feijó ameaçou (por telefone) prejudicar o CSA fazendo chocar datas entre o Alagoano da 2ª Divisão e o Campeonato Brasileiro, insinuando que o CSA não sairia da 2ª Divisão. Percebem a gravidade desta fala? Se Gustavo realmente falou isso, porque o presidente do CSA, agora baixa a guarda nesta situação? E se Jorge VI mentiu ao falar isso, porque a intenção de jogar Feijó contra a torcida do CSA desta forma?





2.Ainda em sua fala, Jorge VI declarou textualmente que Feijó havia reclamado da forma aberta como o CSA confeccionava os borderôs e que está situação prejudicaria os outros dois clubes – CRB e ASA – pois a diferença entre os borderôs era clara. Jorge VI deixou nas entrelinhas que os borderôs dos dois outros clubes não correspondiam a realidade. Se isso é verdade porque existe uma maquiagem desta situação? Se Jorge falou a verdade é preciso haver uma investigação urgente nesta situação em nome da transparência. Se Jorge VI mentiu que mente doentia poderia expor a FAF a estar cometendo uma irregularidade desta monta?





3. Feijó declarou que Jorge VI precisava ser homem para assumir o que ele havia dito por telefone. Desqualificou a informação de que estaria contra o CSA em função da FAF não estar comando o processo de confecção dos ingressos. Feijó disse de forma clara que quando Jorge VI informou que iria confeccionar os ingressos, Feijó teria incentivado a situação dizendo que “se fosse bom para o CSA, seria bom para o futebol de Alagoas”. Também afirmou que quando o CSA precisou pagar anuidades e mais algumas taxas da FAF, a própria FAF cobriu despesas do clube. Porque a FAF passa a mão no clube em um momento que é de responsabilidade do próprio CSA? Porque o CSA sempre afirmou que tinha tudo correto com a FAF e que não precisa da entidade para nada, quando desde o início contou com a ajuda da entidade?







4. Jorge VI chegou a insinuar que Gustavo Feijó não tentasse prejudicar o CSA porque do contrário iria denunciar a FAF e que sobraria algemas para muita gente. O que de tão grave teria cometido a FAF para que alguns integrantes merecessem algemas? Se Jorge VI sabe de algo tão grave porque não revelou e não faz a denúncia? Se calou e realmente existe algo sério, o presidente do CSA está no mínimo, sendo conivente com um situação de tanta gravidade.





5. Porque com o CSA administrando seus jogos, o borderô chegou a ser publicado com renda e público no intervalo de duas partidas e com administração da FAF, independente do tamanho do jogo, a renda e público nunca eram divulgados? A situação afrontava um dos itens do Estatudo do Torcedor e que nunca foi cumprido no futebol de Alagoas.





Estas e outras questões que se ouve nos corredores – e que são impublicavéis por não termos provas – são situações apenas jogadas ao vento? Diante de tudo que foi dito, quem mentiu na situação? Quem estava sendo prejudicado ou estava sendo jogado a opinião pública por nada?





Acho que os dois lados foram extremamente irresponsáveis em dar declarações tão fortes, apontar situações graves no “adversário” e depois simplesmente fingir que tudo não passou de declarações dadas no calor de um desentendimento. Nosso futebol até mostra algum desenvolvimento dentro de campo, com resultados, mas fora dele, as brigas pessoais continuam expondo a honestidade das pessoas e a seriedade de instituições em que teríamos a obrigação de acreditar, seja porque ela é administradora do futebol ou seja porque é um dos mais importantes clubes do Estado. É apenas de se lamentar.