domingo, 7 de março de 2010

CSA errou ao mostrar sua jóia rara


Muita coisa tem sido dita e vários são os comentários relativos a saída do atacante Pedrinho do CSA. Antes de completar seus 16 anos, o jogador está indo fazer um teste no Porto (Portugal). É obvio que não existe um mecanismo legal que faça com que o clube possa “prender” o jogador nesta idade. No entanto, existem estratégias possíveis para não formar um jogador com perspectiva de futuro e depois perdê-lo, muitas vezes, sem nem um “até logo”. Vem de dois dos maiores clubes deste país, o exemplo. Durante vários anos, o Internacional/RS literalmente escondeu Alexandre Pato. A sua aparição veio apenas quando o jogador já tinha 17 anos e possuía um contrato de profissional com o clube colorado. Além disto já estava definida uma rescisória devidamente compatível com valores que o Inter acreditava serem justos pelo jogador. Outro exemplo vem do São Paulo. O tricolor do Morumbi literalmente esconde seus atletas nesta faixa etária. O time sequer disputa competições oficias com seu time principal e só realiza jogos amistosos no seu CT sem que ninguém tenha acesso as suas promessas. O CSA cometeu um grande erro. Um erro fatal. Em meio a uma competição que nos dias atuais não passa de um enorme mercado, o CSA expôs sua mercadoria sem ter nenhuma proteção. A Copa São Paulo cantada como uma importante vitrine levou do “estoque azul” uma de suas melhores mercadorias. O Corinthians Alagoano já entendeu este cenário e mesmo com a estrutura que tem e com alguns jogadores já possuindo contrato como profissional, deixou de participar deste referido evento para não perder jogadores. E até mesmo o Corinthians sofre com esta situação. Há dois anos quando da realização da Copa Maceió Sub18, o meia Marcinho, eleito pela imprensa a revelação da competição e que tinha apenas 14 anos, sumiu após o encerramento do evento. São coisas do atual momento que a legislação impõe. As informações que disponho de amigos azulinos são de que a família do Pedrinho é composta por azulinos e pessoas decentes. Foi o próprio pai do jogador que procurou o CSA para informar sobre a situação e mostrou ao presidente Jorge VI, a impossibilidade do jogador continuar no clube. É torcer para que o jogador seja feliz e que a promessa feita ao clube – de que alguma recompensa seria repassada, no caso de uma transação, possa ser confirmada.

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