O “jeitinho” venceu novamente. Não adiantou o presidente da FAF, Gustavo Feijó, afirmar que a tolerância seria zero. Não adiantou o Ministério Público publicar um termo de ajuste de conduta. Não adiantou estabelecer em regulamento da competição que até o dia 13 todos os estádios que seriam utilizados na rodada inicial deveriam estar aprovados, senão os clubes teriam seus jogos marcados para outra praça. Todos foram desmoralizados mais uma vez pela forma morosa, irresponsável e danosa para o futebol alagoano com que agem os nossos dirigentes. A irresponsabilidade venceu mais uma vez. Durante a semana que antecedeu o prazo limite, o presidente da FAF chegou a declarar que mesmo que a medida – ter como prazo limite o dia 13 - divulgada por ele próprio, fosse tomada, não haveria como punir os infratores, pelo simples fato de não existir estádios para que os jogos fossem remarcados. Ficou claro que pelo segundo ano consecutivo, Feijó foi forçado a ter “jogo de cintura” para se adequar ao “jeitinho” que os clubes precisam para viabilizar o inicio do Alagoano. Em uma entrevista recente, concedida a mim, Feijó admitiu que perdeu a oportunidade de moralizar o assunto sobre estádios de futebol quando neste ano, anunciou o adiamento do alagoano e depois pelas pressões, voltou atrás e começou a competição sem o número mínimo de estádios suficientes. Nossos dirigentes não possuem responsabilidade ou continuam defendendo a bandeira que no último instante, no momento final, o “jeitinho” vai ser dado. E mais uma vez, apostaram e conseguiram o que queriam. A Federação Alagoana de Futebol continua com dificuldades em dar um norte a competição. Patrocinadores, parceiros, imprensa, torcedores e os próprios clubes ainda não sabem quando realmente começa a competição. Dentro dos méritos de conseguir trazer para o futebol de Alagoas a visibilidade através da transmissão de tv e de formar uma departamento de arbitragem profissional e respeitado, Feijó ainda não conseguiu “estabilizar a nave”. Se fossemos seguir a risca o regulamento, a primeira irregularidade no Alagoano já foi cometida, pois o prazo para as vistorias foi ampliado. Outros colegas jornalistas já apostaram que o assunto ia ter essa triste seqüência. Mas isto é como se fosse “pule de dez”. No fundo, todos sabiam que seria desta forma. Continuamos com os mesmos problemas, com as mesmas indefinições de antes, com os dirigentes agindo da mesma forma e com a FAF com as mãos atadas e com o Ministério Público aceitando toda a zorra cometida. Pobre futebol. Em mais um ano todos foram desmoralizados.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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