Infelizmente a base continua sendo maltratada

A base do CSA entrou em greve. O motivo alegado para a paralisação é a falta de pagamento a integrantes da comissão técnica e jogadores azulinos. O momento escolhido para anunciar a paralisação é estratégico: o CSA irá disputar no final de semana as semifinais do Campeonato Alagoano Sub18 enfrentando o Vila Nova (Rio Largo). Portanto, a atitude serve como uma pressão a mais para a diretoria azulina. Entendendo as dificuldades da diretoria azulina que precisa administrar a base sem dinheiro, não consigo aceitar que as divisões de base continuem sendo tratadas como um “peso” a ser carregado. Não há outro caminho, principalmente para o CSA, que não seja o investimento na base para voltar a fortalecer a equipe e num trabalho de médio a longo prazo fortalecer o time profissional e trazer recursos para o clube. No entanto, as condições ofertadas a jogadores e profissionais chegam a ser desumanas. Até pouco tempo, a base do CSA não tinha sequer um local para treinamento. Em virtude disto, o time treinava nos campos de barro localizados ao lado do Residencial Tabuleiro dos Martins, na Via Expressa. Este descaso tem reflexos claros. Há muito tempo que o CSA não revela um grande jogador. Os que conseguem chegar ao profissional surgem com deficiências, vícios e uma cabeça despreparada para a responsabilidade de vestir a camisa azulina. Sendo assim não é difícil projetar que por pelo menos mais cinco anos, o CSA não conseguirá formar um grande time a base de jogadores da casa. Torço muito para que atitude mude e que a base possa ter um pouco mais de investimento. Só assim, o que sempre é falado de valorização vai ser posto em prática.