Eles estão conseguindo. A cada dia que passa o CSA está mais dividido. Não bastou a lição do rebaixamento. Os dirigentes do CSA ainda não aprenderam. A diretoria executiva, representada pelo presidente Abel Duarte e a junta diretiva, representada por Cícero Cavalcante e Raimundo Tavares, não se entendem. Neste ritmo de desunião, a Série D, que está para cair no colo do CSA poderá ser uma bomba. Como gestor do futebol alagoano, Gustavo Feijó, está preocupado. Conversei por telefone com o presidente Gustavo Feijó e ele revelou que iria buscar uma última possibilidade de reconciliação. Mas o próprio Feijó, pelo que tem ouvido de um lado e de outro, admite que é quase impossível conciliar. Abel tem preocupações com situações que estão em aberto no CSA. Existem recursos que precisam ser pagos e que ainda não existe idéia de quando serão honrados. O recurso que chegou referente ao mecanismo de solidariedade do jogador Deco abateu parte da dívida existente com o vice presidente Alberto Mirindiba, que retornou ao departamento de futebol. No entanto ainda existe cerca de R$ 30 mil para saldar empréstimos realizados por Mirindiba. Outro que está na fila de espera é o conselheiro Marreta. Ele espera por quase R$ 30 mil. Por fim, o próprio Abel precisa resgatar quase R$ 20 mil em cheques sem fundo do CSA. No lado da junta diretiva, Cícero, que não tem medida para por dinheiro no CSA – somente no alagoano foi colocado quase R$ 200 mil - e Raimundo Tavares sentem culpa pelo rebaixamento e querem “limpar a barra” com a torcida do CSA. Mas exigem total independência. Tavares gostaria inclusive de assumir toda a divisão de base do CSA. A sua empresa iria cobrir todas as despesas da base azulina, mas teria direito a 50% relativos aos jogadores que chegassem ao time principal. Sem que exista um entendimento, a Série D, que deverá cair no colo do CSA, parecerá mais uma grande bomba. Abel já mostrou que o seu projeto administrativo e de somar apoios é ineficaz. Com Abel, o CSA não teve dinheiro para honrar folha de pagamento e até comida faltou no Mutange. A junta diretiva até quer, mas não há confiança das instâncias de poder do CSA para entregarem novamente o clube a Raimundo Tavares e Cícero Cavalcante. O CSA continua altamente dividido. E como diz um ex-dirigente azulino, Euclides Mello, o lema azulino foi rasgado. Hoje imperam a divergências e o enfraquecimento. Bem que poderia ser “desunião sem força”.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
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