terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Com a corda no pescoço, mas sem abir a guarda

O prefeito Cícero Almeida chutou o balde e pediu para que a imprensa apurasse um racha existente no CRB. Alguns vão dizer: “eu quero é novidade”. E realmente não tem novidade nenhuma. Desde o ano passado que o CRB está fatiado em castas de poder que não se entendem e que se degladiam nos bastidores. Surgiu como novidade uma nova direção, mas o personagem da divergência continua o mesmo e atende pelo nome de Kenedy Calheiros. A direção do CRB – e boa parte da torcida – não engolem o presidente do Conselho Deliberativo. Recentemente, Calheiros chegou a buscar uma aproximação. Convidou vários membros da imprensa para um jantar, com a presidência do conselho e a direção do CRB. Durante o encontro não foi apresentado nada para a imprensa, nenhum projeto foi mostrado. A reunião tinha como pano de fundo uma aproximação. A verdade é que a atual direção do CRB continuará afastada do presidente do conselho e não fará questão de buscar uma aproximação. O CRB não está folgado, não está em condições de negar apoio, mas especificamente, este o apoio de Kenedy Calheiros tem sido posto de lado. Serafim e seus comandados estão com a faca no pescoço, sem dinheiro e sem muitas alternativas no momento para mudar esta situação. Como os atuais dirigentes não são endinheirados, o esforço continua sendo pontual para resolver os problemas. O CRB vive um momento de reestruturação e será normal que passe mais dois ou até três anos sem levantar o caneco, mas os pilares para formar um clube projetado para o futuro estão sendo plantados. Sei que o torcedor não tem paciência para isso – e nem pode ter, torcedor torce e é passional – mas se abraçarem as idéias de momento, o clube poderá sair deste sufoco. Quanto ao conselho deliberativo permanece inerte a toda a crise vivenciada no CRB - o que também não é nenhuma novidade -. Poucos conselheiros ajudam, com participações pessoais, sem nada muito articulado. Já ouvi de conselheiros influentes que não passaria nem na porta do CRB e permanecerá assim até que o “pior” aconteça. Muitos apostam que Serafim e seu grupo não resistiria a Série B. Ele passou. Muitos falavam que eles não começariam o Alagoano. Eles começaram. Muitos continuam falando que eles não completam o estadual. Eles continuam por lá. Vamos ver até aonde vai o “cabo de guerra” na Pajuçara. Serafim e seu resumido grupo está com a corda no pescoço, mas não parecem que a guarda será aberta nem tão cedo.

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